sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conheço-me ou reconheço-me?

Hoje dei por mim a ouvir uma conversa que até não era minha nem me dizia respeito. Algo que é muito raro fazer, mas por coincidência estavam a falar de um assunto que penso há já algum tempo e, em horas vagas enfim… erros de uns e outros, comecei por pensar como é possível muitas pessoas não reconhecerem os seus próprios erros e criticarem nos outros aquilo que eles mesmos fazem.
Não sou mais nem menos que ninguém, não julgo, nem tenho essa pretensão, mas de facto, ele dizia os outros fazem isto e aquilo está errado nós é que pagamos, e eu, que por acaso até conheço a pessoa, pensava calada e incrédula como pode ser possível ele criticar desta forma uma pessoa quando essa lição não serve para ele mesmo!
 Será que ele pensa que os “outros” não lhe detectam os mesmos erros que critica de forma exacerbada, não se apercebe que é igual ao outro! Ou fará aquilo para esconder os seus erros a quem discursava e mostrar-se o dono da razão! Que pensarão as pessoas que o estavam a ouvir? Concordavam com ele de forma genuína ou era simplesmente porque era o SR. Tal a falar e “somos todos amigos” porque até tem algum poder…
Reconhecer que se está errado requer força de espírito, requer alternativas de pontos de vista e nem todos estão preparados para isto…mudar é crescer, é uma forma de aprendizagem como posso eu condenar os erros dos outros se nem reconheço os meus tenho de saber ser auto critica e depois então poderei pensar nos erros dos outros porque não sou nem quero ser melhor que ninguém. Quero crescer e muito, não fisicamente pois já sou alta mas de espírito estou sempre aberta a novas experiências. 
Reconhecer o que somos e fazemos, é reconhecer também os nossos erros, é saber ser auto crítico e evoluir.
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A humildade do ser humano contrapõe o vazio

Num lindo dia de sol, o meu pai, homem sábio, convidou-me para lhe fazer companhia no seu velho hábito, fazer uma caminhada pelo campo. A certa altura parou numa clareira e perguntou-me:
- Que ouves além dos pássaros?
- Ouço um barulho que parece ser de uma carroça...
- É isso mesmo! Disse o meu pai, é uma carroça vazia.
Uma carroça vazia! Como sabes que é uma carroça vazia, se nem se vê?
O meu pai respondeu:
- É muito fácil saber que uma carroça está vazia, pelo barulho. Quanto mais vazia está a carroça mais barulho faz!
Relembro muitas vezes o ditado,  “quem muito fala, pouco aprende”. Uma pessoa que fala alto para dar nas vistas ou intimidar alguém, uma pessoa que fala com a arrogância e a prepotência de quem sente saber tudo e ter sempre razão, uma pessoa que interrompe constantemente conversas tentando demonstrar “à força” que é dono da razão… faz-me lembrar que o meu pai tinha razão quando dizia:   "Quanto mais vazia está a carroça, mais barulho ela faz"
A humildade é uma qualidade que poucos possuem, tentar inferiorizar os outros para impressionar alguém é um acto repugnante a que se assiste constantemente, já tenho visto situações degradantes, alguém que fala alto para demonstrar que sabe sobre um qualquer assunto, ou mesmo, na tentativa de inferiorizar alguém e no fim até não tem razão.
Pessoas que quando entendem sobre determinado assunto falam alto e apenas desse assunto porque só sabem falar daquilo e quando são confrontadas com argumentos que não esperavam tentam impor a “ sua razão” são vagas e ocas. Levam uma carroça cheia de nada, não é com estas atitudes que se tornam melhores pessoas, que são mais ou sabem mais que os outros.
O meu lema passa por não gritar ou falar alto seja para quem for ou em que circunstância for, não me aproveito de um momento de fracasso do outro nem me faço mais que ele. Ninguém gosta de receber ordens em alto para quem as dá se sentir superior, ninguém gosta que quando lhe explicam uma coisa seja alto para o inferiorizar, ninguém gosta de ser repreendido em frente dos outros porque isso, humilha, ninguém gosta de, ninguém gosta de, ninguém gosta de…
 Falar para pessoas como eu e tantas outras que acredito que existem é simples basta não gritar, não sobrepor-se, não humilhar porque "eu não faço aos outros, aquilo que não gosto que me façam a mim"… há que ser humilde.


Auto-controle

Era uma vez um rapaz que tinha um temperamento muito explosivo.
Um dia, o pai deu-lhe um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira. Disse-lhe para martelar um prego na tábua sempre que perdesse a paciência com alguém.
No primeiro dia o rapaz pregou 37 pregos na tábua. Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a ira, o número de pregos martelados foi diminuindo gradualmente.
Ele foi descobrindo que dava menos trabalho controlar a ira do que ir todos os dias pregar vários pregos na tábua...
Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência uma vez que fosse.
Falou com o pai sobre seu sucesso e sobre como se sentia melhor por não explodir com os outros.
O pai sugeriu-lhe que retirasse todos os pregos da tábua.
O rapaz assim fez trazendo depois a tábua, já sem os pregos, entregando-a ao pai que lhe disse:
- Parabéns, filho! Agora repara nos buracos que os pregos deixaram na tábua. Nunca mais será como antes. Quando falas com raiva, as tuas palavras deixam marcas como estas. Podes enfiar uma faca em alguém e depois retira-la, mas não importa quantas vezes peças desculpas, a cicatriz ainda continuará lá.